martes, 5 de diciembre de 2006

Língua negra e sujeira no caminho dos atletas


Tulio Brandao
O Globo
Brazil

Foto Jaime Likeley

Os oito mil atletas presentes aos Jogos Pan-Americanos podem ter mais um adversário na busca pela medalha. Não faltam casos de iatistas, remadores e outros esportistas atrapalhados pelas más condições ambientais da cidade. O velejador Alan Adler lembra de um caso ocorrido no Mundial de Star realizado no Rio:

- Meu barco estava na liderança e, na barra da Baía de Guanabara, um saco plástico enorme prendeu no leme. Não conseguimos tirá-lo a tempo e perdemos a regata. Noutra ocasião, tive que dar ré para me livrar de outro plástico - disse Adler, que vai tentar a vaga na classe J-24.

Na Lagoa Rodrigo de Freitas, o problema dos remadores é o lodo. José Carlos Sobral Júnior, que vai tentar a vaga no double-skiff, disse que, apesar da melhora nos últimos tempos, o espelho d'água ainda fica tomado de algas:

- Nas piores épocas, passamos antes pela raia para retirar o excesso. Se um barco ou remo bate na alga, certamente prejudica a performance.

A triatleta Sandra Soldan, classificada para o Pan, diz que o mar de Copacabana não é uma raia tão ruim, mas pode estar impróprio:

- Se estiver num dia com língua negra, será um problema. Mas há piores. No Lago de Edmonton, no Canadá, botam um produto químico na água antes da prova, para possibilitar a natação. Aqui, na dúvida, os triatletas tomam vacina contra hepatite.

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